MITOLOGIAS MUNDIAIS E CONCEITOS

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O PAPEL DA MULHER NAS ANTIGAS SOCIEDADES GREGA E ROMANA

PARA SE COMPREENDER 
OS MITOS E SEUS 
SIGNIFICADOS, 
É NECESSÁRIO 
TAMBÉM CONHECER 
O CONTEXTO SOCIAL EM 
QUE ELES SURGIRAM. 

A QUESTÃO DA DEUSA-MÃE, 
POR EXEMPLO: 
É FATO E AQUI JÁ SE 
COMENTOU QUE EM TODAS 
AS PARTES DO MUNDO O 
MITO DA CRIAÇÃO ESTÁ 
LIGADO ORIGINALMENTE A 
UMA DEUSA, 
O PODER SUPREMO DA 
CRIAÇÃO PERTENCIA À 
FIGURA FEMININA, 
E SOMENTE MAIS TARDE 
FOI SUBSTITUÍDA POR 
UMA FIGURA DIVINA-PATRIARCAL. 

ISSO É MERO REFLEXO DOS 
COSTUMES DA SOCIEDADE. 

NUM PASSADO MAIS REMOTO 
A MULHER ERA 
VENERADA  JUSTAMENTE POR 
POSSUIR O DOM DA PROCRIAÇÃO, 
MAS EM OUTRAS ÉPOCAS ESSA 
MESMA VANTAGEM TORNOU-SE 
SUA GRANDE DESVANTAGEM, 
SENDO RELEGADA AO PAPEL DE 
MERA PROCRIADORA SEM DIREITO 
A ABSOLUTAMENTE NADA, 
OU SEJA, 
SUA ÚNICA FUNÇÃO ERA GERAR 
FILHOS PARA SEUS MARIDOS E ESTAR 
A ELES TOTALMENTE SUBMISSA.

FOI NESSE PERÍODO DE 
ABSOLUTA SUPREMACIA 
MASCULINA QUE SURGIU O 
MITO DE UM DEUS COMO 
SENHOR ABSOLUTO E 
TODO PODEROSO, 
IDÉIA ESSA QUE SOBREVIVEU 
E AINDA PERSISTE NO 
CRISTIANISMO, 
QUE ALIÁS ATÉ ACENTUOU 
BASTANTE ESSA 
MENTALIDADE. 
ESTE FENÔMENO SOCIAL 
OCORREU DE FORMA GERAL 
EM TODAS AS PARTES DO 
MUNDO E EM TODAS AS SOCIEDADES, 
SÓ QUE EM MAIOR OU MENOR GRAU 
EM CADA ÉPOCA E LUGAR. 

AS MULHERES EGÍPCIAS DA 
ANTIGUIDADE, 
POR EXEMPLO, 
SEMPRE FORAM MAIS EMANCIPADAS 
QUE AS DO RESTO DO MUNDO. 

JÁ NA GRÉCIA PODIA-SE 
OBSERVAR DIFERENÇAS DE UMA 
REGIÃO OU CIDADE PARA OUTRA: 
AS ESPARTANAS, 
MESMO NOS PERÍODOS DE 
MAIOR REPRESSÃO, 
GOZAVAM DE MAIS LIBERDADE 
E DIREITOS QUE AS MULHERES 
DE ATENAS, 
MUITO MAIS REPRIMIDAS DO QUE 
EM QUALQUER OUTRA PARTE DA GRÉCIA. 

TAMBÉM AS ROMANAS, 
EM CERTO PERÍODO, 
SOFRERAM UMA GRANDE 
REPRESSÃO SOCIAL, 
EM MUITOS ASPECTOS ATÉ BEM MAIS 
QUE AS GREGAS, 
APESAR DE HISTORICAMENTE 
TEREM OBTIDO CERTA IMPORTÂNCIA. 

MUITAS VEZES, 
PORÉM, 
AS ROMANAS RECEBERAM 
SEVERAS PUNIÇÕES POR TENTAREM 
SE IGUALAR AOS HOMENS.

GRÉCIA

Grécia arcaica
Foram altamente veneradas pela sociedade 
em que viviam, pois, possuíam o domínio da fecundidade, tendo como conseqüência a possibilidade de escolher seus parceiros e como teriam seus filhos, além de viver em relativa igualdade de condições com os homens, pelo menos em comparação com a maior parte dos povos do Mar Mediterrâneo, Europa e Oriente Médio onde tinha mais liberdade.
"Com a tomada da Península Balcânica, as mulheres perderam seu espaço, com o surgimento da sociedade patriarcal, da qual os homens exerciam seu domínio".

Governo de Clístenes
Legalizou a exclusão das mulheres, escravos e estrangeiros da democracia ateniense.
- A religião da cidade foi a única atividade cívica aberta às mulheres e às filhas dos cidadãos atenienses.
Mulheres Atenienses: Davam total assistência aos maridos e aos filhos, podendo sair de casa apenas para visitar os pais, freqüentar casas de banho e participar de algumas festas religiosas.

Mulheres livres de Esparta
Possuíam maior liberdade que as atenienses: podiam opinar na política, fazer ginástica, ir às festas, ir ao mercado e participar do comércio.

Concubinato
Uma espécie de semi-casamento, alguns casos até uma semi-prostituição em troca de uma velhice tranqüila.

Aristocracia Patriarcal
Se agregava à filosofia (que ora criticava, ora sustentava), para reforçar a ideologia de que os homens eram superiores às mulheres, por isso, deveria submetê-las a sua suposta condição de inferioridade.

Protágoras de Abdera:  
Filósofo "a favor das mulheres". 
Para ele, todos os seres humanos eram dotados de capacidade para administrar ou governar uma cidade.

Séc. IV
- Mulheres atenienses: já podiam administrar a casa ou domínio da família.
Mulheres espartanas: podiam controlar os negócios externos e suas casas, tais como algumas atividades comerciais.

Séc. VIII
As mulheres gregas tinham uma importância fundamental para as relações de poder dos reinos gregos, pois os laços matrimoniais consolidavam ou destruíam alianças políticas entre os mesmos.

Sociedade Romana
Período Republicano: Colaboravam com o marido na administração da casas, festas e vida pública.
Período Imperial: as que não queriam ser mães tinham as mesmas características que as mulheres espartanas, como discutirem política, por exemplo, mas a maioria delas eram sempre submissas ao marido. AMas, além de algumas exceções, a mulher romana estava sempre sob o poder de um homem, fosse ele marido, tutor ou chefe do lar.
- Algumas mulheres romanas buscaram na diversão uma forma de igualdade aos homens, como freqüentar anfiteatros divertindo-se com as lutas dos gladiadores.
Já as mulheres dos imperadores travaram grandes lutas nos bastidores do poder, as quais defendiam o trono para seus filhos, irmãos e amantes. Pois, de acordo com o sistema de valores predominantes na sociedade romana, estas mulheres da alta sociedade deveriam contentar-se com as satisfações alheias, o êxito dos homens e do Estado, enquanto cuidavam da nova geração masculina. 
Entretanto as mulheres nobres estavam suficientemente liberadas de tabus sexuais para mostrarem publicamente sua liberdade de costumes, apesar de terem sido punidas como exílio ou com a morte por causa de seus atos e desejos. 

No Período Imperial: as mulheres foram atraídas para um novo credo religioso, cuja idéia central diferenciava-se de outras religiões no que referia-se à purificação, à castidade e ao celibato: o cristianismo, que pregava que todas as pessoas eram iguais perante a Deus, fossem elas escrevas, homens e mulheres ou crianças. Isto foi entendido por muitas mulheres como uma forma de libertação através de sua elevação espiritual.

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