MITOLOGIAS MUNDIAIS E CONCEITOS

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ANTIGOS MITOS INDÍGENAS

ASSIM COMO A ETNIA DO POVO BRASILEIRO É O RESULTADO DA MISTURA DE VÁRIAS POVOS, TAMBÉM A MITOLOGIA BRASILEIRA É RESULTADO DA UNIÃO DE ELEMENTOS DE CADA UM DESSES POVOS, PRINCIPALMENTE O EUROPEU [PREDOMINANTEMENTE O PORTUGUÊS, MAS TAMBÉM OUTROS QUE POSTERIORMENTE MIGRARAM PARA CÁ, COM OS ALEMÃES E ITALIANOS], O AFRICANO [QUE PROVAVELMENTE FOI O QUE DEIXOU TRAÇOS MAIS MARCANTES NÃO SÓ NA ETNIA COMO TAMBÉM NA CULTUA] E O ÍNDIGENA.

TODOS INFLUENCIARAM EM CERTO GRAU PARA A FORMAÇÃO DO POVO, DA CULTURA E DA RELIGIOSIDADE BRASILERA, MAS DOS TRÊS, COM CERTEZA É A INDÍGENA QUE PODERIA SER CONSIDERADA A MAIS GENUINAMENTE BRASILEIRA, EMBORA UM POUCO MENOS DIFUNDIDA QUE AS OUTRAS, POIS ERA O POVO QUE ORIGINALMENTE JÁ HABITAVA A TERRA, ANTES QUE O EUROPEU CHEGASSE E TROUXESSE DEPOIS O AFRICANO COMO MÃO DE OBRA ESCRAVA, NÃO SEM ANTES TENTAR INUTILMENTE ESCRAVIZAR O POVO NATIVO QUE ENCONTRARAM AQUI.

POUCOS DESSES MITOS ORIGINAIS DA TERRA BRASILIS AINDA SÃO CONHECIDOS ATUALMENTE, MESMO ASSIM SÃO VISTOS NÃO COMO MITOLÓGICO E SIM MERAMENTE COMO FOLCLORE.


MAS APESAR DE IGNORADA NAS ESCOLAS E NA MÍDIA, A MITOLOGIA INDIGENA BRASILEIRA É MUITO VASTA E REPLETA DE MARAVILHAS, CRIATURAS FANTÁSTICAS, LENDAS E MITOS, MESMO ASSIM A RELIGIOSIDADE INDÍGENA NÃOPODE SER CLASSIFICADA COMO POLITEÍSTA, POIS ESSES MITOS NÃO ERAM VISTOS COMO DEUSES, MAS SIM COMO FORÇAS DA NATUREZA.

ELES NÃO REZAVAM PARA ESSAS ENTIDADES, MAS SE NECESSÁRIO AS INVOCAVAM, POR VEZES, OUTRAS VEZES TEMIAM, MAS FOSSEM DE NATUREZA BOA OU RUIM, TODOS ESSES MITOS ERAM VISTOS COMO FORÇAS TEMÍVEIS A SEREM RESPEITADAS, E ALGUMAS DELAS A SEREM ENFRENTADAS E SUPERADAS.

ACREDITAVAM TAMBÉM QUE ALGUNS PODERIAM VIR A SER AGRACIADOS POR ESSAS ENTIDADES, RECEBENDO SEUS PODERES, NUMA  ESPÉCIE DE SIMBIOSE ENTRE
SERES MORTAIS E IMORTAIS, E NESSE CASO , O MORTAL FAVORECIDO SE TORNAVA UMA ESPÉCIE DE PALADINO DAQUELA DIVINDIDADE EM PARTICULAR.

POR HORA, VOU EVITAR PRENDER-ME OU CITAR OS MITOS MAIS CONHECIDOS E ÓBVIOS, RESERVANDO-OS COMO TEMAS DE FUTUROS E  PREFERINDO AGORA OCUPAR-ME JUSTAMENTE DOS MENOS CONHECIDOS, AQUELES QUE PRATICAMENTE CAÍRAM NO ESQUECIMENTO.

EIS AQUI ALGUNS DELES:

Amanda:
Amanda significa
chuva em tupi.
Obviamente,
habita nas
tempestades,
e sua forma
humana é
de uma
Índia imponente
e caprichosa.
É representada
por desenhos
simples de chuvas.
Suas área de
atuação está
totalmente ligada
ao clima.

Araci:
deusa do amor, da noite,
das artes e do prazer,
mãe de Rudá,
espírito ligado a paixão.
É representada como a lua,
ou como uma
índia lindíssima
de cabelos brilhosos
e olhos prateados.
Suas áreas de atuação
são sombras,
cura, amor, musica e paixão.

Guaraná:
linda índia que apaixonou-se por Rudá,
o espírito do amor carnal e da paixão.
Por não poder viver seu amor, ela chorou
copiosamente, gerando a planta que gera
o fruto que leva seu nome.
Manifesta-se como uma linda índia de belos
olhos de cores exóticas, mas de feições tristes.
Onde há um fruto de guaraná, este espírito (e sua
manifestação) poderá ver e ouvir o que acontece.
Matar Guaraná cega o louco que o fizer.
A única maneira de faze-la desistir é
compor-lhe uma canção ou poema de
esperança pelo amor perdido.
Ela atua nas áreas da adivinhação,
herbalismo e plantas.

Iguaçú:
este é espírito dos rios e
águas no estado mais puro.
Manifesta-se em um rio
límpido e cheio de vida.
Sua outra manifestação é de
um corpo aquoso de 10 metros:
ele pode entrar em qualquer fenda,
desmanchar-se sobre inimigos
ou causar asfixia a até dez
pessoas presas dentro dele.
Apenas o fogo pode destruí-lo,
ou outras maneiras inteligentes.

Japeusá:
o terceiro filho de Rupave e Sipave, que
tornou-se o primeiro e maior dos mentirosos
e trapaceiros. Desgostoso, cometeu suicídio em
um rio próximo a um mangue,
mas não foi aceito no Rio
Negro (Mundo dos Mortos),
retornando na forma de um
caranguejo gigante.
Ele pode assumir a forma humana
para usar de mentiras e falsidade,
mas é medíocre e mesquinho no fim das contas.
É caracterizado pelo caranguejo.
Suas áreas de atuação são: mal, engano e confusão.


Pitajovái:
espírito da guerra.
Apresenta-se como
um índio poderoso,  
portando arco,
flechas, tacape,
lança, de pele
totalmente pintada
para a guerra e cujas
pontas dos cabelos
estão sujas de sangue
inimigo.
Suas áreas de atuação
são a guerra e
os animais.

Pombero:
espírito das travessuras.
Apresenta-se como um
pequeno índio de pele
verde.
Suas áreas de
atuação são o engano,
ilusão
e confusão.

Mbai-aib:
espírito maligno do desespero, calamidades e noticias ruins. Habita em situações de dor e desespero, ou em áreas específicas onde este tipo de coisa pode ser terrivelmente sentida. Quando manifesta-se na terra, o faz como uma revoada de pássaros de mau agouro (como urubus) que abrangem. Na sua presença, homens podem ter dores intensas, contrair uma doença ou sofrer terríveis pesadelos. A única maneira de evitar estes efeitos é destruir os pássaros o que vai irar o Mbai-ab, mas livrará aos personagens, ou realizar um ritual de exorcismo.


TUPÃ
Nhanderuvuçu:
é o DEUS PRIMORDIAL dos indígenas, o deus supremo, o Sol, senhor da criação, tendo originado o homem através de estatuas de argila, dentro das quais soprou o fôlego da vida. Ele não tem forma definida, mas apresenta-se como um pai bondoso, e os bons e honrados morarão com ele no céu, tornado-se estrelas. Seu mensageiro e representante entre os homens é Tupã, que manifesta-se como um homem cujo corpo é feito de trovão, cuja velocidade não pode ser medida e cuja autoridade lhe permite mergulhar até mesmo no Rio Negro.
Nhanderuvuçu é caracterizado por uma flauta em pé, e suas áreas de atuação são: criação, sol, bondade e justiça.

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Tau:
deus das sombras, do mal, das doenças e da morte. É o pai de sete monstros legendários, cuja mãe é Kerana, uma linda índia capturada por este maldito espírito. É personificado como um forte homem de sombra (todavia tridimensional) de cabelos longos arrepiados e olhos brancos assustadores. Suas áreas de atuação são: doença, mal, sombras e morte. Ele habita no Rio Negro, o Mundo dos Mortos da mitologia indígena: um imenso rio mal assombrando, onde sempre é noite e o fedor de carne podre atormenta os mortos que acordam, sendo este o motivo pelo qual dormem eternamente dentro do leito do rio.


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